Nunca antes na história recente desse país o fim de um casamento foi tão midiático. É provável que William Bonner e Fátima Bernardes tenham sido surpreendidos pela repercussão gigantesca do comunicado de 50 palavras, postado no Twitter de ambos, anunciando a separação após 26 anos de união.
O assunto dominou as redes sociais, especialmente no Facebook, com a propagação de incontáveis memes. Todos os programas de variedades e fofocas destrincharam a notícia. Até lançaram supostos pivôs da separação e hipotéticos pretendentes para os apresentadores.
Na Record, maior rival da Globo, onde Bonner e Fátima são estrelas do primeiro time, o apresentador do programa Fala Que Eu Te Escuto, Bispo Marcio Carotti, não apenas lamentou, como orou pela reconciliação do casal.
A edição desta semana da revista Veja traz uma matéria que se propõe analisar a maneira hábil com que Bonner e Fátima mantiveram a separação sob sigilo para fazer o anúncio do fim no momento certo.
Mas o texto flerta com a fofoca ao especular a respeito das razões do término, relatar o sofrimento emocional da apresentadora do ‘Encontro’ e revelar detalhes da nova vida de solteiro do âncora do Jornal Nacional.
A revista acerta ao sublinhar a preocupação de Bonner, Fátima e da Globo em ver a separação transformada em novela. Isso poderia ofuscar o trabalho deles na emissora e prejudicar aspectos preciosos como credibilidade e contratos publicitários.
O desenlace dos dois não tem nada de anormal – a cada ano, cerca de 300 mil casais se divorciam no Brasil. Contudo, a visibilidade diária na TV e a imagem de ‘casamento perfeito’ impedem que o fim deste matrimônio seja encarado com a discrição desejável.
Após três décadas expostos na tela da Globo, Bonner e Fátima foram instados a pagar o preço da fama. E ele costuma ser alto.
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