A cantora conta o episódio com riqueza de detalhes em sua autobiografia
Sempre um assunto delicado, a saída de Rita Lee dos Mutantes,
em 1972, é contada pela primeira vez com riqueza de detalhes na
autobiografia que a cantora lançará em novembro, pela Globo Livros. Sem
papas na língua, a Rainha do Rock fala sobre como se sentiu na ocasião.
"A
gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque
nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose, e você não tem
calibre como instrumentista", disse Arnaldo Baptista para Rita, na casa que mantinham na Serra da Cantareira, em São Paulo, ela recorda.
"Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me
atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a
silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala,
peguei Danny (a cadela) e adiós. No meio da
estradinha da Cantareira, parei no acostamento e chorei, gritei,
descabelei, xinguei feito louca abraçada a Danny, que colaborava com
uivos e latidos", descreve ela no livro.
Entre outras passagens desse período a cantora também relembra uma cantada que levou de Raul Seixas em Nova York, e o polêmico vestido de noiva, que pertencia a Leila Diniz, usado por Rita em uma apresentação da música "Caminhante noturno", com uma falsa barriga de grávida, no Festival da Canção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário