Os grupos de discussão realizados pela
Globo apontaram o excesso de personagens como um dos principais motivos
para a audiência de “A Lei do Amor” não emplacar. Maria Adelaide Amaral e
Vincent Villari, autores da trama, agora com a ajuda de Ricardo
Linhares (escalado pela emissora para auxiliá-los) começaram a tirar
vários personagens sem função no folhetim para enxugar o elenco e focar
em tramas centrais, como a de Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô
(Claudia Abreu), e de Magnólia (Vera Holtz), Tião (José Mayer) e Fausto
(Tarcísio Meira).
Nas últimas semanas, foram eliminados
diversos personagens da trama, como Venturini (Otávio Augusto), Aline
(Ariane Botelho) e Arlindo (Maurício Machado). Outros ainda serão
tirados.
Em 1967, a Globo apostou no autor
iniciante Emiliano Queiroz e colocou no ar “Anastácia, a Mulher sem
Destino” – mesmo com a história da trama a contragosto de Boni, então
diretor da emissora. Na época, a novela chegou a ter mais de cem
personagens e ninguém sabia quem era quem, e ainda derrubou a audiência
do horário – caso semelhante ao atual folhetim das 21h.
O terremoto de Janete Clair
Para salvar “Anastácia, a Mulher sem
Destino”, Boni, junto a Daniel Filho, conseguiu levar Janete Clair para a
Globo. A autora leu a história e sentenciou um terremoto que matou 108
personagens de uma só vez, salvando a novela, que terminou com 125
capítulos.
Na época, o terremoto foi muito
divulgado pela Globo e deu o que falar. O resultado foi que a
“Anastácia” recuperou sua audiência. Não foi nenhum sucesso, mas
terminou bem.
“A Lei do Amor” precisa chacoalhar
Com “A Lei do Amor” não é muito diferente. 1) a novela tem excesso de personagens; 2) derrubou a audiência da Globo; 3) um outro autor foi colocado para ajudar nos ajustes da história (Ricardo Linhares). As semelhanças são várias.
Com “A Lei do Amor” não é muito diferente. 1) a novela tem excesso de personagens; 2) derrubou a audiência da Globo; 3) um outro autor foi colocado para ajudar nos ajustes da história (Ricardo Linhares). As semelhanças são várias.
A trama de Maria Adelaide Amaral e
Vincent Villari, assim como “Anastácia”, precisa ter um elenco mais
enxuto e uma grande chacoalhada na história (não necessita ser extrema
como Janete fez no folhetim de Emiliano Queiroz), que sirva de chamariz
para atrair o telespectador.
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