A Record pretende fazer uma espécie de cena transitória entre o fim da novela “Escrava Mãe” e o início da reprise de “A Escrava Isaura”. Ainda na divulgação da reprise, a emissora deu início a outra estratégia.
É que o canal iniciou uma campanha no Twitter e em outras redes sociais em que compara os personagens da novela que atualmente está no ar, “Escrava Mãe”, com os da que vai ser reprisada, “A Escrava Isaura”.
Anunciando “uma história que atravessa o tempo”, a emissora compara, por exemplo, o Comendador Almeida de “A Escrava Isaura” com o de “Escrava Mãe”, que é vivido pelo ator Fernando Pavão.
Confira abaixo algumas das postagens da campanha:
A novela Escrava Isaura, um grande sucesso internacional, está de volta na tela da Record TV. Não perca a estreia na próxima segunda-feira (9), logo após o último capítulo de Escrava Mãe https://youtu.be/Ta_yMITbKGg #AEscravaIsaura
As maldades de Almeida vão atravessar o tempo e ganhar novos rumos a partir desta segunda-feira na estreia de A Escrava Isaura. É logo após o último capítulo de Escrava Mãe, não perca! 😉
Vida Alves, atriz do 1º beijo TV brasileira, morre aos 88 anos.
Vida criou em 1995 e presidia a Pró-TV, entidade para preservar a memória da TV brasileira.Ela estava internada no hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, desde 28 de dezembro. A causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
A saúde da atriz se complicou há um ano, quando se submeteu a uma
cirurgia, mas o problema persistiu. O velório começou às 8h desta
quarta-feira (4) no cemitério do Araçá , na região central de São Paulo.
O enterro está marcado para as 16h, no mesmo local.
Vida Amélia Guedes Alves nasceu em Itanhandu (MG) em 15 de abril de
1988. Avó da cantora Tiê, teve uma carreira que durou mais de mais de 70
anos. Começou no rádio e depois atuou em telenovelas, contracenando com
grandes nomes, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Eva Wilma e Aracy
Balabanian. Trabalhou ainda no cinema, apresentou programas na TV e
escreveu novelas.
Em 1995, ela criou junto com outros artistas a Associação dos Pioneiros
Profissionais e Incentivadores da Televisão Brasileira, conhecida como
Pró-TV, que busca preservar a memória da TV brasileira e da qual era
presidente.
Vida Alves colecionava itens raros do período do lançamento da TV no
Brasil e tinha um museu na própria casa onde morava. Sua trajetória é
contada na biografia "Vida Alves – Sem medo de viver" (Imprensa
Oficial), de Nelson Natalino, lançada em 2013.
Uma das filhas de Vida, Taís, falou ao Hora 1 sobre
o legado da mãe. "Vida foi uma inovadora, uma beijoqueira. E eu ainda
brincava: 'Vidinha, ainda bem que você não deu o segundo beijo [da
história da TV], porque do segundo beijo ninguém fala. Ela foi a
primeira beijoqueira".
Tiê comentou a morte de sua avó em sua página oficial no Facebook.
"Dona Vida Alves fez a passagem. Minha amiga, minha avó, minha parceira,
minha musa beijoqueira. 88 anos de muita luz, amor, arte e vida. Vire
estrela e descanse em paz. Te amo pra sempre e vou sentir saudades todos
os dias", escreveu a cantora.
A Pró-TV divulgou nota sobre a morte de Vida Alves, a quem chamou de
"símbolo da televisão". "Incansavelmente, ao lado dos colegas de
profissão, lutou pela criação de oficial do Museu da Televisão
Brasileira, que por 13 anos abrigou dentro de sua casa, e pela
preservação da memória da radiodifusão", diz a nota.
"Nesse momento difícil, nos solidarizamos com a família de Vida Alves,
com seus amigos e colegas da área, que ela sempre fez questão de
representar".
O primeiro beijo da TV brasileira foi na novela "Sua vida me pertence",
de 1951, na Tupi. O par romântico dela era Walter Forster (1917-1996),
também diretor da trama. Gravada ao vivo, a cena era uma ousadia para a
época. O pudor era tão grande, lembrou Vida, que o fotógrafo da Tupi não
registrou o momento do beijo – ela dizia que o profissional considerou
que a imagem não seria publicada na imprensa.
"Foi um ano após a inauguração da TV. Foi um beijo técnico, não poderia ser diferente. Walter Forster era dez anos mais velho que eu. Era o diretor artístico, de certa forma meu chefe", lembrou a atriz.
"Foi um ano após a inauguração da TV. Foi um beijo técnico, não poderia ser diferente. Walter Forster era dez anos mais velho que eu. Era o diretor artístico, de certa forma meu chefe", lembrou a atriz.
"Eu fui escolhida para fazer um par romântico pois havia me casado um
ano antes, tido um filho, então estava fora da TV. Ele achou que eu era
certa pois não tinha uma cara muito 'gasta' na TV. Ele explicou ao meu
marido, numa visita à minha casa, como seria. Absolutamente marcado.
'Tal postura, tal olhar, a boca ligeiramente aberta, me aproximo e fico
uns segundinhos'. Assim foi feito, sem ensaio, tudo ao vivo."
Primeiro beijo gay
Vida Alves foi pioneira novamente no teleteatro "A calúnia", em que
protagonizou um beijo gay, com a atriz Geórgia Gomide (1937-2011). Vida
contava que o beijo aconteceu em 1964. Outros registros do beijo dizem
que ele foi apresentado em dezembro de 1963.
"São coisas que existem, e se bem focadas e realizadas, contribuem para
uma sociedade mais aberta e mais consciente", afirmou ao G1.
Ela se lembrou da gravação: "As duas moças, eu e a Geórgia Gomide,
(...) sentaram-se uma perto da outra. Deram as mãos e disseram que se
amavam. Deram um beijo, também de uma forma mais romântica que erótica".
Questionada se a repercussão do beijo gay foi maior do que a do beijo hétero, respondeu afirmativamente. "Era 1964. Já havia videotape. Já procurei essa fita, mas não achei. Eu me lembro dos comentários. Diziam que 'estamos ficando extravagantes'. Mas não foram tão exagerados".
Para ela, o evento teve importância social. "São coisas que existem, e se bem focadas e realizadas, contribuem para uma sociedade mais aberta e mais consciente", disse. Em entrevista à TV Globo, completou: "Sinto orgulho de ser elemento formador da TV".
Questionada se a repercussão do beijo gay foi maior do que a do beijo hétero, respondeu afirmativamente. "Era 1964. Já havia videotape. Já procurei essa fita, mas não achei. Eu me lembro dos comentários. Diziam que 'estamos ficando extravagantes'. Mas não foram tão exagerados".
Para ela, o evento teve importância social. "São coisas que existem, e se bem focadas e realizadas, contribuem para uma sociedade mais aberta e mais consciente", disse. Em entrevista à TV Globo, completou: "Sinto orgulho de ser elemento formador da TV".
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