“Whitney”, o primeiro documentário autorizado pelos herdeiros da cantora Whitney Houston sobre a vida e carreira da diva da música, que morreu há seis anos, chegará aos cinemas no dia 6 de julho. A confirmação foi feita neste sábado pela produtora e distribuidora Miramax.
O filme abordará o passado da protagonista de “O Guarda-Costas” (1992) e, como grande atração, conterá material inédito, com cenas cotidianas e gravações da artista, registradas tanto em estúdios como ao vivo, inclusive sessões a capela de alguns dos seus grandes sucessos.
“Whitney” terá direção de Kevin Macdonald, com experiência em documentários. Ele fez produções aplaudidas pela crítica como “A Vida em um Dia” (2011) e “My enemy’s enemy” (2007), além do musical “Marley” (2012), sobre a vida do rei do reggae, Bob Marley.
O filme chegará um ano depois da estreia da coprodução da BBC e da Showtime “Whitney: Can I Be Me”, que não contou com a aprovação dos herdeiros da voz de “I Will Always Love You” e “One Moment In Time”.
Não oficial
Está disponível, desde o início de setembro de 2017, para assinantes da Netflix (www.netflix.com.br), “Whitney: Can I Be Me”, o documentário não autorizado sobre a cantora americana Whitney Houston (1963-2012). Dirigida por Nick Broomfield, a produção traz no nome o questionamento da própria artista sobre a possibilidade de ela ser ela mesma no mundo cercado de aparências da fama.
Whitney Houston (1963-2012) seria bissexual e teria sido introduzida às drogas pelos irmãos ainda na infância. Tentou desesperadamente abandonar as drogas por causa da filha, que mais tarde também sucumbiria ao vício.
Para montar o quebra-cabeça de uma das artistas mais bem-sucedidas da história da música pop, Broomfield conversou guarda-costas, backing vocals, cabeleireiros, empresários e todos que de alguma forma formavam o círculo social da estrela.
O resultado é um retrato íntimo e trágico de alguém que por décadas foi forçada a ocultar sua verdadeira personalidade em nome da personagem Whitney Houston.
Amigos afirmam que Whitney manteve por anos um caso com a assistente pessoal Robyn Crawford, uma antiga amiga do irmão mais velho da cantora que chegou a dividir apartamento com ela no início da carreira. Robyn se tornou a melhor amiga, anjo da guarda e, segundo relatos, amante da estrela.
Formou um triângulo amoroso com Bobby Brown, marido da estrela. De acordo com o diretor Nick Broomfield, a família sempre se esforçou em eliminar Robyn da história da cantora. Hoje uma mãe de família, Robyn, que é mostrada no documentário em uma entrevista de 1999, nunca falou publicamente sobre sua relacionamento íntimo com Whitney, que não seria lésbica, mas bissexual.
Cissy Houston, mãe da cantora, descrita como uma pessoa rígida e religiosa, não admitia que Whitney tivesse um romance gay, e isso afetava profundamente a filha. O documentário sugere, inclusive, que, caso a matriarca tivesse outra postura, Whitney teria se entregado menos ao vício e, provavelmente, ainda estaria viva. Robyn era uma figura muito importante na vida da cantora. A orientava e a mantinha nos trilhos. “Ela foi se tornando cada vez mais reclusa e menos capaz de lidar com o que estava acontecendo. Ela era uma alma sensível, e, sendo ridicularizada na imprensa, isso apenas se exacerbava”, disse Broomfield em entrevista.
“Whitney: Can I Be Me” indica que Whitney Houston pode ter introduzido o marido Bobby Brown ao mundo das drogas —primeiro com o álcool, depois a substâncias mais pesadas. O casamento durou 15 anos e acabou se tornando altamente tóxico. Para muitos, mortal. Broomfield diz que boa parte da fortuna acumulada pela cantora foi usada com drogas e não só por ela, mas também por membros das família dela e de Brown. “Ela estava sempre tão preocupada com que todos a seu redor estivesse felizes que se dispunha a gastar todo o dinheiro.”
Outra polêmica do filme: Whitney Houston teria conhecido as drogas por intermédio dos irmãos Michael e Gary Houston, que começaram a experimentar quando a família se mudou para East Orange, em New Jersey, nos anos 1960, quando a cantora ainda era criança. Em filmagem utilizada no longa, os dois irmãos lembram que eram muito unidos e faziam tudo em família. “Quando você entra nas drogas, você também faz isso junto”, diz Michael. Em outro trecho, Gary admite que usou heroína aos dez anos de idade: “Eu via gente que eu respeitava usando drogas, em suas melhores fases”, recorda ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário