quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Um grande problema enfrentado por “A Lei do Amor”, a novela das nove da Globo, é o numeroso elenco, composto por dezenas de personagens – muitos deles sem ter o que fazer na trama.

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Os grupos de discussão realizados pela Globo apontaram o excesso de personagens como um dos principais motivos para a audiência de “A Lei do Amor” não emplacar. Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, autores da trama, agora com a ajuda de Ricardo Linhares (escalado pela emissora para auxiliá-los) começaram a tirar vários personagens sem função no folhetim para enxugar o elenco e focar em tramas centrais, como a de Pedro (Reynaldo Gianecchini) e Helô (Claudia Abreu), e de Magnólia (Vera Holtz), Tião (José Mayer) e Fausto (Tarcísio Meira).
Nas últimas semanas, foram eliminados diversos personagens da trama, como Venturini (Otávio Augusto), Aline (Ariane Botelho) e Arlindo (Maurício Machado). Outros ainda serão tirados.
Em 1967, a Globo apostou no autor iniciante Emiliano Queiroz e colocou no ar “Anastácia, a Mulher sem Destino” – mesmo com a história da trama a contragosto de Boni, então diretor da emissora. Na época, a novela chegou a ter mais de cem personagens e ninguém sabia quem era quem, e ainda derrubou a audiência do horário – caso semelhante ao atual folhetim das 21h.
O terremoto de Janete Clair

Leila Diniz em "Anastácia, A Mulher Sem Destino" (Foto: Cedoc/ TV Globo)
Leila Diniz em “Anastácia, a Mulher Sem Destino”
(Foto: Cedoc/TV Globo)

Para salvar “Anastácia, a Mulher sem Destino”, Boni, junto a Daniel Filho, conseguiu levar Janete Clair para a Globo. A autora leu a história e sentenciou um terremoto que matou 108 personagens de uma só vez, salvando a novela, que terminou com 125 capítulos.
Na época, o terremoto foi muito divulgado pela Globo e deu o que falar. O resultado foi que a “Anastácia” recuperou sua audiência. Não foi nenhum sucesso, mas terminou bem.
“A Lei do Amor” precisa chacoalhar
Com “A Lei do Amor” não é muito diferente. 1) a novela tem excesso de personagens; 2) derrubou a audiência da Globo; 3) um outro autor foi colocado para ajudar nos ajustes da história (Ricardo Linhares). As semelhanças são várias.
A trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, assim como “Anastácia”, precisa ter um elenco mais enxuto e uma grande chacoalhada na história (não necessita ser extrema como Janete fez no folhetim de Emiliano Queiroz), que sirva de chamariz para atrair o telespectador.
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